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COMO SUPERAR A DEPRESSÃO

Eu te conto como superei a minha e como busco, hoje, o equilíbrio entre corpo, mente e espírito.

“A depressão é a doença do século”; “Há um crescimento exponencial nos casos de depressão no mundo”; “Há cada vez mais jovens deprimidos”; “O número de pessoas que tomam medicamentos para a depressão é alarmante”.

Essas são frases que lemos e ouvimos diariamente em todos os veículos de comunicação. Já viraram lugar-comum e (por mais assustador que possa parecer) quase nos acostumamos a elas. Achamos “normal” que seja assim, pois, se não somos nós mesmos os que sofrem com ela, certamente temos algum parente ou amigo próximo que padece da doença.

Isso. Você leu corretamente: doença. A depressão é uma doença, e é assim que ela deve ser tratada. O estigma que a palavra carrega, porém, impede as pessoas de lidarem com a enfermidade de maneira natural e, assim, procurar a ajuda dos profissionais e dos tratamentos corretos.

As causas que levam à depressão são inúmeras e dependem de variáveis específicas, segundo cada caso. O que me parece causa geral comum a muitas das histórias que ouvi é a declarada insatisfação com a loucura da vida moderna (e todas as suas consequências).

A pressão exacerbada por resultados; a competitividade sem limites; a ditatura da beleza e da moda; o apelo das redes sociais ao estereótipo de felicidade; o consumismo sem-limites; a necessidade de se encaixar em padrões ditados de fora; a ansiedade por conquistar metas e sonhos inculcados por uma sociedade que vende esses mesmos sonhos; A DESCONEXÃO COM A ESSÊNCIA INDIVIDUAL e a ansiedade gerada por todos os fatores acima mencionados são alguns dos desencadeadores de processos de apatia, tristeza profunda, dor, medo, frustração e baixa autoestima.

Obviamente há, também, outras causas mais profundas, como traumas não curados, feridas abertas da infância, relações doentias, complexos, distúrbios de personalidade, entre tantas outras que fogem ao objetivo deste texto.

Dizem que a depressão veio pra ficar. Eu prefiro discordar.

A despeito de vivermos em um mundo onde tudo o que mencionei anteriormente de fato ocorre, sou prova viva de que é possível superar a depressão com algumas ferramentas e com uma boa dose de HUMILDADE e DETERMINAÇÃO.

O primeiro passo, no meu processo, foi ACEITAR-ME VULNERÁVEL. Somente quando eu parei de acreditar que eu era a forte e toda poderosa que poderia resolver tudo sozinha, e que ninguém precisava conhecer minhas fragilidades e minhas incoerências foi que eu abri espaço para aceitar que eu também estava exposta à dor e ao sofrimento.

Diante da dor, nossa reação é sempre fugir. E, por muito tempo, fugi das dores que eu sentia e que me deixavam triste e desanimada. Eram dores profundas e antigas, ligadas à minha infância e a meus relacionamentos familiares. Dores daquelas de apertar mesmo o coração e fazer o quarto chakra (anahata chakra, ou o chakra do coração) ficar tão sensível a ponto de não poder sequer ser tocado.

Mas eu precisei ENFRENTAR AS DORES E OS MEDOS. Tive de aprender que somente ao PERMIMIR-ME SENTIR A DOR eu poderia conhecê-la e superá-la. Não adiantava mais fugir ou distrair-me com compras, viagens, chocolates, vinhos, festas ou filmes. As distrações eram como band-aids, que abafam a ferida, mas impedem que ela cicatrize. E DOEU, foi difícil, mas foi extremamente necessário. Chorei como um bebê que pede colo, permiti-me ser frágil [e forte ao mesmo tempo]. Frágil para saber que tinha de sentir e passar por tudo aquilo, e forte para REUNIR MINHAS FORTALEZAS E ME RECONSTRUIR.

Aqui entra outro ponto muito importante na minha história com a depressão. EU PROCUREI AJUDA DE PROFISSIONAIS. Fui a psiquiatras, psicanalistas tradicionais e a terapeutas alternativos (que trabalham com constelação familiar, com curas de traumas da infância, com meditação, reiki e técnicas de movimentação da energia como pulsation). Abri meu coração, minha mente e meu espírito para receber (E DAR-ME) toda a ajuda que estava disponível. Durante um bom tempo, fui medicada e fiz terapia, mas CONTINUEI MUITO INSEGURA E CHEIA DE MEDOS. Mesmo me sentindo melhor, parecia faltar algo que me reerguesse por completo. Naquele momento, eu ainda não havia encontrado a resposta do que seria aquilo que me traria de volta ao meu eixo.

E continuei a busca por respostas e o incessante DESEJO DE CURAR-ME.

Foi quando eu comecei a ler e mergulhar profundamente nos estudos de autoconhecimento, de desenvolvimento pessoal e de espiritualidade. Resolvi fazer uma VIAGEM PROFUNDA À MINHA ALMA e INVESTIGAR AS REAIS CAUSAS daquele meu quase permanente desânimo.

Comecei a me enxergar a partir de outra perspectiva. Desde o momento em que entendi que somente EU ERA A RESPONSÁVEL POR ASSUMIR O CONTROLE DA MINHA VIDA, independentemente de todas as circunstâncias negativas e positivas que me circundavam, entendi que cada pequeno gesto, cada pequeno movimento que eu realizasse fariam uma grande diferença em meu estado de espírito.

Seguindo a orientação de um terapeuta que me acompanhou durante meus momentos mais difíceis (quando cheguei a pensar que a vida já não tinha mais graça), comecei a OBSERVAR MINHAS FORTALEZAS FÍSICAS, SOCIAIS, MENTAIS E ESPIRITUAIS.

INCLUI NA MINHA ROTINA ATIVIDADES QUE REFORÇAVAM ESSAS MINHAS FORTALEZAS E ALIMENTAVAM A MINHA AUTOESTIMA. Comecei a correr e a praticar vários esportes (era algo que tinha feito durante toda a minha infância e adolescência e que me fazia muito bem). Como consequência positiva, perdi peso, passei a me alimentar de forma mais saudável e entrei em um CÍRCULO VIRTUOSO DA SAÚDE FÍSICA COM DIRETOS IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL.

Fiz um curso de fotografia e outro de desenho terapêutico (e aqui lembro que toda atividade artística é muito benéfica neste processo); passei a escrever mais; decorei minha casa com quadros alegres e coloridos; comprei plantas para meu apartamento.

RESGATEI A MINHA FÉ. Algo essencial no meu processo foi reconhecer que Deus (ou como você queira chamar essa força criadora universal) estava presente dentro de mim, que eu era um ser divino, cheio de luz e instrumento dessa beleza superior. Assim, RECONECTEI-ME COM MINHA ESSÊNCIA DIVINA, com a força criadora e com a minha intuição. Passei a enxergar com mais clareza que as capas e as sombras que me cobriam naqueles momentos de apatia não faziam parte de minha essência. Eram somente véus tentando encobrir a minha luz.

Por fim, mas não menos importante, comecei a praticar YOGA e MEDITAÇÃO. Juntas, essas duas práticas me ensinaram que o melhor e mais eficiente remédio contra a ansiedade e a tristeza é gratuito e está disponível a todo tempo: a RESPIRAÇÃO. Parece ironia ou brincadeira, mas 90% da população desaprenderam a respirar.

Nascemos sábios e, quando bebês, respiramos perfeitamente. Ao crescermos e assumirmos responsabilidades que, muitas vezes, geram preocupações e ansiedade, esquecemo-nos de prestar atenção à forma como estamos respirando. Nossa principal fonte de energia (PRANA) entra no nosso corpo ao respirarmos, e é capaz de acalmar a nossa mente e afastar toda forma de ansiedade. Por meio das posturas do Yoga (Asanas), reconectei-me com a sabedoria e todo o potencial do meu corpo. Uma vez mais, me dei conta da beleza que existe em realizar movimentos simples e fluidos.

Hoje, já não preciso mais de drogas externas para mascarar os sintomas de depressão que sentia. Como todos os seres humanos, tenho dias melhores e piores, momentos de maior animação e outros de maior apatia, dias tristes e outros felizes. A diferença é que aprendi a usar recursos que eu já tinha e já estavam 100% disponíveis pra mim, mas que eu evitava abraçar, por medos e inseguranças que me levavam a fugir da dor e da tristeza. Distrai-me por muito tempo, até me dar conta de que a CONSCIÊNCIA DO MOMENTO PRESENTE e de tudo o que sentimos neste exato segundo é a única coisa que importa.

Fonte: http://www.abuscadoequilibrio.com/como-superar-depressao/

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